sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Não podia estar mais de acordo com António Lobo Antunes "A melhor maneira de lidar com os outros é tomá-los por aquilo que eles acham que são e deixá-los em paz". Existe nos dias de hoje, os únicos que conheço e que alguma vez conhecerei por contacto directo com tantas pessoas, muitas e muitas e muitas pessoas que se dizem, que se acham, que querem sempre transmitir aos outros a imagem, a ideia, o conhecimento, os valores que gostariam que os outros acreditassem quando das duas uma eles próprios precisam de acreditar ou querem que os outros acreditem: Quando na página da vida deles, cheia de contas, frases, fotografias conversas, promessas  que querem projectar não passam de vazios e ar de nada e pior exactamente o contrário do que querem projectar. Projectando a maior parte das vezes imagens falsas do que realmente são, ideias certas mas sem sentido de vida para os próprios e pior para os outros que envolvem na sua vida.
Não é para mim nenhuma surpresa tudo isto, ao longo dos anos cruzei-me com algumas pessoas boas e honestas. Pessoas cuja vida não têm medo de viver sendo o que são e o que pensam e não têm medo de fazer. Essas são poucas. Essas são aquelas que queremos sempre perto de nós. Mas existem tantas e tantas outras cheias de nada, cheias engano, com tanta desonestidade que começaram alguns a acreditar neles próprios. Essas eu não quero, mas por alguma razão ou por outra, principalmente por achar que as pessoas podem ser como eu, vêm ter comigo, eu acredito e acredito e deixo e depois, porque nada na vida se mantém escondido ou encoberto, lá vem a verdade. Aquela que gosto, mas que faz sofrer e magoar, porque a descoberta que mais uma vez fui enganada é demasiado difícil.
Mas hoje e a partir de hoje decidi que tratarei os desonestos intelectuais, os traidores, os desleais, os mentirosos como eles merecem. Acreditando e deixando-os em paz. Só assim posso estar em paz comigo. Só assim poderei prosseguir. Só assim conseguirei sobreviver.